A dona de um bar localizado no bairro da Enseada, na Costa Norte da cidade, foi presa no último sábado, acusada de tráfico de drogas. Com ela, policiais militares encontraram mais de 400 pedras de crack, além de maconha e cocaína. A prisão ocorreu após a abordagem a um usuário.

E.S.P., 50 anos, também conhecida como Loira, foi abordada por volta das 16h30 por policiais militares que faziam patrulhamento pela região. O estabelecimento, localizado na rua Peru, já era visado pela polícia e estava sob constante observação.

Minutos antes, os PMs abordaram um suspeito pelas imediações, conhecido usuário de droga e ao ser interrogado ele revelou que comprava os entorpecentes no bar da Loira e explicou onde ela guardava os produtos.
Ao chegar ao local, os policiais encontraram a comerciante na companhia de outro homem. Ambos negaram que tivessem droga.

O homem foi revistado e liberado após não ser constatado nada contra ele. Na sequência, os PMs revistaram o bar e, com base nas indicações do usuário, foram à pia e encontraram em seu interior algumas porções de crack e alguns pinos de cocaína. Neste momento foi dada a voz de prisão por tráfico de drogas a comerciante.
Ao ser detida, ela teria indicado outros esconderijos usados para guardar as drogas e foram encontradas dentro do fogão, embaixo do tampão das bocas, mais três pacotes plásticos com pedras de crack. Outra quantidade foi localizada dentro dos engradados de cervejas localizados no depósito do bar. Lá, os policiais acharam cerca de 20 porções de maconha.
Também foram apreendidos três telefones celulares, R$ 220 em notas pequenas, o que segundo os policiais configurou o tráfico, e uma câmera digital.

De acordo com a polícia, no total, foram aprendidos 410 pedras de crack, 20 porções de maconha, o que equivale a aproximadamente 11 gramas e 13 pinos de cocaína, cerca de 13 gramas. A polícia informou também que o valor aproximado das drogas, após a comercialização, seria de R$ 4,3 mil.
A acusada foi conduzida para a Delegacia Central onde foi autuada por tráfico de drogas. Ela não tinha nenhum registro criminal e em seu depoimento contou que não era traficante, mas que guardava as drogas após ter sido coagida e ameaçada por alguns homens do bairro Perequê-Mirim, na região sul de Caraguatatuba. Ela não quis revelar os nomes, alegando temer represálias.

O delegado de plantão, Fábio Lellis, ratificou a voz de prisão a E.S.P. e autuou a acusada por tráfico de drogas com um agravante previsto por lei, pelo fato do bar estar localizado próximo à área escolar. A menos de 100 metros do estabelecimento localiza-se uma creche e uma escola municipal.
E.S.P. ficou detida provisoriamente na delegacia de São Sebastião, onde aguarda transferência para a Cadeia Feminina de Ubatuba.

Fonte: Imprensa Livre